Saí
de Curitiba no dia 30/01/2007 (terça-feira) pela belíssima
estrada da Ribeira com destino a Rio Claro-SP (C.U.) para cumprir
uma promessa antiga que era de fazer uma visita ao Seu Craudio.
Na primeira vez que eu passei perto do C.U., não entrei,
pois o Seu Craudio não estava por lá. Foi no retorno
da viagem a Campo Grande-MS, em março de 2005. Agora não
tinha jeito, tudo agendado, moto na estrada, o C.U. me esperando
e vamos nós.
O tempo meio
nublado e prometendo chuva já para os primeiros 50 Km.
Mas nada, cheguei em C.U. no final da tarde e logo encontrei o
Seu Craudio. Ele falou pra eu chegar até um posto perto
da casa dele que ele estaria lá me esperando, mas sabe
como é né? Fui passeando pela cidade, olhando pros
lados, conhecendo um pouco e passei reto do posto. De repente
estou andando e aparece “o cara”, com uma puta Marauder
grená ao lado, roncando mais que eu depois de algumas cevas
e com aquele olhar sorridente de quem diz: “Porra, você
não me viu no posto né?”
Tudo bem,
fui seguindo ele até que paramos num outro posto e já
pegamos algumas cevas. As primeiras foram derrubadas ali mesmo.
Aí ele já disse: “Hoje é aniversário
da Vera, vai rolar um Churrasco lá em casa”. Karaka,
mais de dois anos prometendo visitar o cara e chego bem no dia
certo !!! Eita cara de sorte mesmo.
Tive a oportunidade
de participar dos 26 aninhos da Vera com vários amigos
do Seu Craudio e da Vera que estavam presentes e alguns amigos
da lista shadow 600, Castrado, Parmito (Pepino), Maurão
Rorneti e suas mulheres (cada um com uma só viu!).
Com a desculpa
de discutir o melhor roteiro até Frutal-MG, ficamos (Eu,
Seu Craudio, Fofão e Parmito) até umas 4 da manhã
bebemorando. Foi quando o Seu Craudio disse que eu fazia jus a
uma camiseta. Quando ele trouxe, para meu espanto, estava escrito:
“SÓ OS FORTES SOBREVIVEM”. Aí me contou
toda a estória do surgimento da camiseta. Só aqueles
que agüentarem até o final da bebedeira e sem fazer
qualquer esforço, podem receber este troféu.
No dia seguinte, lá pelas 10:30 da manhã o Seu Craudio
já me deixou na estrada para Frutal-MG.
Dia belo,
muito sol e estrada boa, chegando a Frutal-MG umas 15 horas. Como
cheguei cedo e o Coré só retornaria para a cidade
lá pelas 19 horas, então resolvi pegar um hotel
para um banhão esperto e aproveitar pra descansar um pouco.
Logo na entrada, conheci um amigo do Coré, o Porcão,
que me mostrou um hotelzinho show de bola e bem barato.
Final da tarde
falei com o Coré e logo chegou o Pinheiro, que trabalha
junto com ele na prefeitura e lá fomos nós conhecer
um pouco de Frutal-MG e parar no boteco, adivinha pra quê?
Mal abrimos
a primeira e chegaram o Coré e a Gisele. Ficamos vendo
o que a cidade FASS pelos visitantes até mais ou menos
1 da manhã, acompanhados de uma bela picanha. Já
aproveitei os conhecimentos que o nobre colega me passou sobre
a estrada até Goiânia-GO e os pontos de maior atenção.
Saí
cedo para Goiânia-GO, neste trecho peguei o pior tipo de
estrada durante a viagem, conforme o Coré já havia
me advertido, depois do trevo de Prata, mais ou menos 50 Km, não
tinha nenhum buraco, sim, porque não tinha estrada também,
era coisa de entrar com a Ana Cláudia inteira dentro da
“cova” e sair novamente. Levei umas 2 horas pra fazer
este trecho. Mas logo adiante relaxei comendo o abacaxi da Giovana
na estrada mesmo. Putsss... que abacaxi docinho....
Cheguei em
Goiânia-GO no final da tarde e, enquanto aguardava o Zema
na frente do campo do Goiás, fiquei conversando com um
guarda de trânsito que tava ali parado. Quer dizer, conversando
não, fiquei escutando ele falar, mas não entendia
muita coisa. Ele só dizia de um tal de trem pra lá,
trem pra cá e eu não entendi onde passava todos
estes trens, pois não via nenhuma ferrovia na cidade.
A noite o
Zema e a Patrícia me levaram numa cervejaria artesanal
do Alemón (é um gaúcho, mas chamam de alemão).
Lá não FASS pra vender pra fora, mas é muito
boa e não tem açúcar, portanto não
engorda, hehehe... De lá ainda fomos experimentar a tal
da costela ao bafo. Coisa boa, muito macia, até parece
as costelas feitas do sul.
O Zema me
deixou no hotel por volta da 1 da manhã, quando fui tomar
a saideira num forrózinho na esquina do hotel. Lá
encontrei o Rogério, que eu havia conhecido na porta do
hotel enquanto aguardava o Zema. Fiquei tomando uma saideira com
ele e a sua namorada até quando fechou o forró e
fomos tomar a nova saideira e comer alguma coisa no churrasquinho
do gaúcho.
O único
problema foi ver toda aquela ladainha de garçom recolhendo
as cadeiras pra gente ir embora. Primeiro no Alemón, depois
na costela ao bafo, depois no forró e por último
no gaúcho. Na próxima eu prometo que vou numa sexta-feira
pra ver se os botecos ficam abertos até mais tarde.
No outro dia,
como a viagem era curta, acordei tarde e tive que esperar a chuva
passar pra me mandar pra Anápolis-GO. Acabei nem tomando
café e nem almoçando, isso já era umas duas
da tarde. No caminho avistei uma fumacinha na beira da estrada
e fui conferir pra ver o que era. Fiquei com medo, porque podia
ser algum gaúcho queimando a rosca (Ops, agora arrumei
briga !!!). Mas que nada, era uma barraquinha servindo um espetinho
de picanha acompanhada de feijão tropeiro. Show de Bola,
veio na hora certa. Cheguei em Anápolis-GO umas 17 horas
e liguei pro Paulada, da lista Drag Star 650.
- Paulada,
to aqui em Anápolis-GO num posto Esso (era Shell) na frente
do Carrefour.
- Cara, você ta no meu posto. Espera aí que eu to
indo te buscar.
Enquanto aguardava
e já derrubava a primeira, chegou o Marcelo, que trabalha
no posto.
- Você
que é o amigo-irmão do Paulada?
- Sim, sou eu.
- O Paulada me ligou e “mandou” te fazer companhia
até ele chegar.
Porra !!!
O Paulada é valente mesmo em?
Dali a pouco
chega o tal Paulada. Com capacete coquinho e uma virago 535 reluzindo
de limpinha. Eu só o conhecia no virtual, através
da lista Drag Star 650 e tinha prometido que algum dia eu faria
uma visita. Começamos a conversar e parecia que já
nos conhecíamos a anos (não é ânus
viu? Vê se não esquece, hehehe...).
O Paulada
não acreditava que eu realmente chegaria a visitá-lo
no real mesmo.
Fui convidado
a me hospedar na casa dele, onde pude conhecer toda sua família.
Me senti em casa, todos são muito acolhedores e com auto
astral, aliás, o Paulada é o tipo de pessoa que
consegue acordar já fazendo piada. Pessoal, vocês
tem que conhecer.
Papo vai,
papo vem ele já disse que me acompanharia no dia seguinte
até Brasília-DF, mas me convenceu de ficar por lá
que ele me levaria pra conhecer Pirenópolis. Cidadezinha
bem de interior mesmo, mas muito turística.
Trato feito,
fomos passear e almoçar por lá, pegamos muita chuva,
tanto na ida quanto na volta.
A noite rolou
um churrasco com alguns amigos da família e no domingão
o Paulada foi junto comigo até Brasília-DF. No caminho
ainda paramos para um cafezinho onde ele sempre costuma passar
para um bate papo com os amigos. Em Brasília-DF decidimos
que só iríamos almoçar, tirar umas fotinhos
e logo retornar para Anápolis-GO.
Como pegamos
muita chuva na estrada e paramos num posto para esperar acalmar
um pouco da água, chegamos em Brasília-DF já
por volta das 14 horas. Resolvi nem ligar para os amigos convidando
para almoçar, pois achei que todos já estavam comidos
e tirando seus cochilos de domingão. Apenas passei um torpedo
dizendo que estava na cidade. Logo o Luwalciley, o Sena e a Lu
responderam que estavam indo nos encontrar. Mesmo indo só
para o almoço e chegando tarde, tive a oportunidade de
rever os amigos. Fomos tirar umas fotinhos lá pras bandas
da área do Lula e seus colegiados. Depois de alguns passeios
pela cidade e mais um pouco de chuva, voltamos para Anápolis-GO.
Estava muito
bom, mas tinha que iniciar o meu retorno, ou segunda ida. Então
acordei cedo na segunda-feira e o Paulada novamente me acompanhou
um trecho da rodovia até o trevo, mas antes passamos na
casa de outro companheiro de estrada, o Douglas, onde tomamos
um cafezinho e estrada novamente.
Me despedi
do Paulada e me mandei sentido a Araras-SP. Como a kilometragem
era meio longa, não sabia se ia chegar até lá
no mesmo dia ou dormir em alguma cidade pelo caminho. Numa das
paradas, já no final da tarde, o Maurão Rorneti
me ligou de Araras-SP e disse: “bicho, enrola o cabo que
a tua cama já está pronta e eu e o Seu Craudio já
estamos colocando a lingüiça no fogo”. Com este
convite irrecusável me mandei e cheguei na casa dele por
volta das 21 horas já abrindo a primeira gelata e aperitivando.
A idéia
era seguir pra Curitiba-PR no dia seguinte, terça-feira,
mas o Seu Craudio me convenceu a ficar para a terça do
C.U. nervoso.
Aproveitei
o dia para acompanhar o Rorneti na visita a sua fazenda e conhecer
a plantação de laranja. Coisa linda mesmo, tudo
muito organizado e tecnologicamente bem planejada. Valeu a pena.
Depois de
um bom almoço na beira do rio em Araras-SP com a companhia
do Rorneti, me mandei pra C.U. novamente pra casa do Seu Craudio
e fomos para o boteco onde é comemorada a terça
do C.U. nervoso na companhia do Rocco e do Parmito.
Voltamos para
a casa do Seu Craudio já era mais de meia noite e ele ainda
teve ânimo de fazer uns aperitivos, afinal estávamos
todos com fome.
Depois de
assistir o DVD dos SombreroS em Sapezal fomos descansar o esqueleto.
Quarta-feira
me mandei logo cedo pra Curitiba-PR. O Rocco me acompanhou até
Campinas-SP, onde peguei a estrada pra Sorocaba e a serrinha de
Juquiá. Foi a terceira vez que passei por esta serra, mas
a primeira com tempo seco e pude ver o quão perigosa ela
é. Como são muitos kms e só curvas, não
tem pontos de ultrapassagem, por isso tem muito coxinha fazendo
cagada. Peguei dois de frente em dois pontos diferentes que se
eu não jogo a moto “praticamente” para o acostamento
eu teria batido em cheio de frente. Ainda bem que eu vinha “di
manha”, como diz o pessoal do planalto central, e com bastante
cautela.
Pousei em
Curitiba-PR no final da tarde de quarta-feira (07/02/2007) com
a alegria de ter visitado, conhecido e feito muitos amigos por
todos os pontos que eu passei.
Mesmo tendo
feito um vôo solo de 3.407 Km, pude encontrar vários
amigos em todas as cidades que estive.
MUITO OBRIGADO
a todos e até a próxima.